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Joana Guerreiro, 30 anos

Joana Guerreiro, 30 anos

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APAIXONADA por animais, desporto e filmes, Joana Guerreiro aproveita a vida como uma pessoa da sua idade. Quando está longe do laboratório, esta estudante de doutoramento e investigadora do Centro de Investigação em Química da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) gosta de estar sempre na companhia dos amigos. Na busca por novas aventuras, tem ideais voltados para a necessidade da população e acredita num mundo melhor com pessoas que pensem nas causas e não só em interesses próprios.

Mas é dentro do laboratório que Joana, de apenas 30 anos, revela o seu comprometimento com a ciência e com a busca por inovações a partir do conhecimento gerado na Universidade. Exemplo disso é o nanosensor idealizado pela investigadora para estimar a adstringência dos vinhos (sensação de secura e constrição percebida na língua quando bebemos vinho). Apresentada na prestigiada revista “ACS Nano”, esta ferramenta pode ter utilidade para os enólogos, tendo em vista o desenvolvimento de vinhos com maior qualidade.

Joana Guerreiro é doutoranda em Química e mestre em Tecnologia, Ciência e Segurança Alimentar pela FCUP. Já foi bolseira em dois projetos e atualmente possui quatro trabalhos científicos publicados.

– Idade?

30 anos.

– Naturalidade?

Porto.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Do seu reconhecimento mundial tanto ao nível do ensino como da investigação. No campo da investigação agrada-me que haja cada vez mais abertura para que diferentes equipas reúnam esforços e trabalhem para o mesmo fim.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Conservadorismo, sendo por isso difícil implementar mudanças.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Na minha opinião, as várias áreas de conhecimento são internacionais. Desta forma acho necessário que os vários cursos sejam leccionados numa língua estrangeira, como o inglês abrindo novos horizontes para os alunos portugueses e atraindo mais alunos estrangeiros.

– Como prefere passar os tempos livres?

Nos meus tempos livres gosto de fazer desporto, explorar novas rotas de bicicleta, reunir os amigos ou simplesmente enrolar-me com os meus gatos a ver filmes.

– Um livro preferido?

Esta questão é sem dúvida complicada porque tenho vários ,mas diria: “A Catedral do Mar” de Ildefonso Falcones, “Kafka à Beira Mar” de Haruki Murakami e “Cem Anos de Solidão” de Gabriel García Márquez.

– Um disco/músico preferido?

Gosto de imensos grupos mas um dos grupos que mais me marcou até hoje foram os The Police, e o vocalista Sting ainda hoje capta a minha atenção

– Um prato preferido?

Sou completamente fã de risotto com qualquer tipo de vegetais.

– Um filme preferido?

Complicado responder, de momento estou a lembrar-me de um que me marcou quando era mais nova: o Braveheart. Mais recentemente, O Pianista de Roman Polanski, Vicky Cristina Barcelona de Woody Allen e Biutiful de Alenjandro Gonzalez Iñárritu.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Tenho duas, uma seria viajar pelo continente africano e a outra ir ao Japão.

– Um objetivo de vida?

Fazer do “meu pequeno mundo” um lugar mais justo, com especial destaque para a causa animal.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

Os amigos que dão prioridade a causas e não ao próprio bem estar, eles sem dúvida são uma inspiração e tenho aprendido muito com eles.

– Uma ideia para aumentar a visibilidade da investigação portuguesa no exterior?

Na minha opinião, a aposta nas colaborações com instituições estrangeiras e a mobilidade entre estudantes e docentes é sem dúvida o caminho.

– A descoberta científica dos seus sonhos?

Para mim não é bem a descoberta dos meus sonhos mas a aplicabilidade dos meus sonhos. Gostaria de desenvolver um biosensor que fosse útil na área alimentar ou na medicina mas que fosse desenvolvido ao ponto de ser comercializado e utilizado numa prática corrente.

Por Elisabete Rodrigues e Carolina Santarosa publicado in http://noticias.up.pt/

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