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Maria José Guimarães (1953)

Maria José Guimarães (1953)

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MARIA José Vieira Mendes Guimarães nasceu em 1953, em Marco de Canavezes. Aos 16 anos partiu com a família para Nova Iorque, onde se formou em Gestão e viveu mais de 40 anos. Até se aposentar e regressar a Portugal, foi gestora de um hospital administrativamente ligado àquela cidade norte-americana. É casada com Armindo Guimarães e tem um filho. Ainda vivia nos Estados Unidos quando começou a escrever poesia, que resultou na publicação do livro “Pensamentos”.

“A minha mãe tinha uma irmã em Nova Iorque que depois da morte dos meus avós insistiu para que ela levasse a família para os Estados Unidos. O meu pai, que tinha uma alfaiataria com alguns empregados, acabou por aceder ao pedido e tratou da papelada sem dizer nada a nenhum dos nove filhos. Disse apenas que íamos para Lisboa de avião. Quando lá chegamos é que revelou o verdadeiro destino. Foi como se me tivessem espetado um prego na carne. Chorei como uma criança”.

A adaptação a uma nova realidade não foi difícil, revelou Maria José: “Fomos para casa da minha tia que tinha uma mansão a condizer com a fortuna que o meu tio ganhava como construtor civil. Mais tarde fomos viver para um apartamento em Nova Iorque. Como o ensino era obrigatório até aos 18 anos, fui estudar e acabei por me formar em Gestão. Depois fui trabalhar para um hospital e progredindo na carreia até assumir a direcção da gestão hospitalar. Morar em Nova Iorque é como viver no mundo, encontra-se gente de todas as raças e credos”.

Embora tivesse vivido quatro décadas nos Estados Unidos, Maria José Guimarães nunca se desligou das suas raízes: “Vinha todos os anos passar um mês de férias a Portugal. Passava uma semana em Marco de Canavezes, outra na terra do meu marido, em Lousada, e quinze dias na Póvoa de Varzim. Nos primeiros anos ficávamos no Grande Hotel, depois compramos um apartamento, ainda em construção. Quando o meu marido se aposentou resolvemos vir viver para a Póvoa, uma cidade que nos habituamos a gostar. Nos últimos oito anos passei a fazer férias em Nova Iorque onde tenho família, o meu filho e o meu neto”.

A ligação à cidade de Cego do Maio nasceu de um passeio de escola, recordou Maria José Guimarães: “Quando frequentava a escola primária fizemos um passeio para conhecer o mar e viemos parar à Póvoa. Fiquei tão fascinada que ao atravessar a ponte, em Vila do Conde, acenei ao rio com a tristeza de quem se despedia do mar. Quando casei, passar um período das férias na Póvoa era uma obrigação natural. Hoje sou uma poveira por amor à cidade. Agora vivo a cultura poveira e as suas tradições. Naturalmente defendo as cores do Bairro Norte, porque é onde vivo”.

Leia a notícia na íntegra na edição impressa da A VOZ DA PÓVOA.

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