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Miguel Macedo, 18 anos

Miguel Macedo, 18 anos

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A MEDICINA está no sangue de Miguel Macedo. Filho de médicos, apaixonou-se desde cedo pela profissão. Estudioso, percebeu que o principal é ter foco e ser persistente. Não é por acaso que foi o estudante com média de entrada mais elevada (198,5, valores) em todos os cursos de Medicina do país, garantindo assim um lugar entre os novos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina da FMUP, curso que teve mais uma vez a nota média de entrada mais alta no Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior 2014/2015.

E qual o segredo para uma nota assim? Fórmulas mágicas à parte, Miguel explica que “é algo que se constrói ao longo de uma carreira escolar. O principal é começar cedo para não ficarmos saturados com a carga de trabalho e o resto é persistência para conseguir manter o nível de concentração até ao fim”. A motivação faz o resto. Desde os 3 anos “já sabia a carreira que queria seguir”. Com a mãe ginecologista e obstetra e o pai radiologista, Miguel estudou no Colégio Inglês – Oporto British School antes de entrar para a Universidade do Porto. E é rápido a justificar a escolha pela FMUP: “Porque é a melhor”, atira.

Os próximos seis anos prometem muitos momentos de descoberta e novas amizades para Miguel: “Sempre me disseram que a vida académica era dos melhores momentos de uma vida e não espero por isso menos do que isso. Espero aprender coisas que me desafiam e fascinam. Espero fazer amigos para a vida”.

– Naturalidade?

Porto.

– Idade?

18 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Acho o ambiente universitário fantástico, o facto de poder conviver com pessoas de interesses académicos bem diferentes dos meus, mas que fundamentalmente são estudantes e que por isso partilham maneiras de viver idênticas. Adoro também o facto de existir sempre alguma coisa a acontecer, seja uma receção, uma festa ou até visitas à cidade.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

O ter que subir escadas para chegar ao gabinete de apoio ao estudante.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Apesar de ainda estar a viver um estado de graça, que espero que se mantenha durante muito tempo, acho que um dos maiores problemas reside nos números clausos. Ou diminuem o número de alunos, o que seria injusto ou fazem com que as instalações sejam capazes de suportar o número de vagas, processo que alias acho que já tem vindo a ser feito.

– Como prefere passar os tempos livres?

A praticar atividades ao ar livre. O curso e percurso que escolhi envolvem uma grande quantidade de estudo o que normalmente é feito dentro de portas e por isso gosto de aproveitar todas as oportunidades para apanhar um pouco de sol. Seja a praticar um desporto como o ténis ou deitado numa toalha numa sessão de Sunday sessions.

– Um livro preferido?

No que toca a autores portugueses acho que Eça de Queirós não tem igual. Achei “Os Maias” absolutamente genial, seguido muito de perto por “ A cidade e as Serras”. Adoro e revejo-me aquele ambiente boémio em que se desenrola a ação.

– Um disco/músico preferido?

Não tenho um disco preferido ou melhor tenho vários. Tudo depende do que estou a fazer. Para estudar só o consigo fazer com música clássica, um concerto de Mozart normalmente funciona bem. Antes de sair ou em festas já não prescindo de um bocado de Disclosure.

– Um prato preferido?

Uma francesinha. Acho dos pratos mais fantásticos alguma vez criado mas tem de ser comido de longe a longe para quando a finalmente comermos saber mesmo bem!

– Um filme preferido?

Ui, há tantos! Dos que vi mais recentemente e que muito me marcou foi um filme francêsDiplomacie. Muito resumidamente passa-se no final da Segunda Guerra Mundial e Paris vai ser completamente destruída por ordem do comando alemão. A ação revolve entre um general alemão e um cônsul e demonstra como é possível resolver problemas mundiais sem recurso à guerra mas sim apenas, à palavra.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Mais uma vez tenho muitas. Adorei a viagem que fiz de fim de curso com os meus amigos para Magaluf. Num registo diferente a viagem de cariz humanitário que fiz até à Africa do Sul ficou também na lista das melhores da minha vida. A grande maioria dos sítios é fantástico, desde que sejam visitados em boa companhia.

– Um objetivo de vida?

Correr uma maratona. Adorava! Já faço algumas corridas de 20km e dificilmente consigo imaginar como fazer distâncias maiores. Era uma daquelas coisas para fazer uma vez só para poder dizer que fiz.

– Uma inspiração?

Se falarmos de uma inspiração em relação á medicina que me ajudou a manter perseverança em relação ao estudo era de tempos a tempos ir até ao hospital e passear um bocado. Ver aquilo para que estava a trabalhar, materializar todo aquele esforço. Ajuda imenso. Ver os doentes e os médicos dava-me logo energia para ir estudar.

– Como se vê daqui a 10 anos?

Não é algo em que pense particularmente. Daqui a dez anos ainda não seriei um médico especialista mas já terei ingressado na vida laboral. Imagino-me a tirar a especialidade fora do país no centro de referência numa das grandes capitais europeias. Espero que a paixão que tenho pelo percurso que escolhi se mantenha e se possível que cresça e espero vir a honrar a bata que uso e o titulo que ostento.

Por Olga Magalhães e Carolina Santarosa publicado in http://noticias.up.pt/

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