NUNO Higino editou o seu primeiro título de poesia em 2000. Este é o sexto título de poesia que publica. ‘O VAZIO DO MUNDO’ é constituído por 49 poemas todos relativamente curtos (o mais curto tem 5 versos, o mais compridos tem 14). Como acontece em relação aos títulos anteriores, também neste não há propriamente uma continuidade, mas sim a procura de uma nova forma de expressão poética. O autor confessa que estes poemas foram escritos durante um período de cerca de 2 anos, em que leu compulsivamente António Lobo Antunes, pelo que eles carregarão as marcas desse facto.
São poemas pouco circunstanciados, sobretudo temporalmente falando, daí o uso insistente dos infinitivos. E alimentam um mistério poético que se expressa em perguntas frequentes, perguntas essenciais, como por exemplo: ‘correm atrás de quê as nuvens?’; ‘As árvores sabem repartir o sol e a sombra pelas folhas: quem lhes ensinou a justiça?’; ‘de que falam os pássaros?’
Poesia contida, mas com uma grande dinâmica hermenêutica e uma frescura colhida nas coisas mais comuns e quotidianas da realidade.
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