ANTES de ir para a Noruega, a guarda-redes Rita Monteiro, concedeu uma entrevista ao blogue ANDEBOL FEMININO PORTUGAL. Numa pequena conversa, Rita Monteiro analisa a sua primeira época no estrangeiro, bem como dá a conhecer as ambições para esta época. Uma entrevista a não perder! NOME: RITA MONTEIRO IDADE: 23 NATURALIDADE: ERMESINDE PERCURSO DESPORTIVO: Padroense, Estrela Vigorosa, Santa Joana, Académico, Santa Joana, Gloppen e Stryn (Noruega)
Como foi a época de estreia na Noruega?
A nível pessoal foi positiva, não posso negar que foi uma experiência difícil, mas valeu a pena. A nível coletivo não correu muito bem, porque queríamos a subida de divisão e não o conseguimos.
Como surgiu a possibilidade de emigrar para um dos campeonatos mais conceituados da modalidade?
Surgiu um convite para ir treinar, eu fui e eles, felizmente, gostaram. Recebi uma proposta do Gloppen e não hesitei.
Fale-nos do Gloppen, clube que representou na última época?
Gloppen é uma pequena aldeia. Aquilo é muito pequeno e no meio do nada, mas isso não me atemorizou e consegui justificar a aposta.
Tínhamos como objetivo a subida de divisão, mas não o conseguimos.
Segue-se agora o Stryn, da 2.ª divisão?
Sim. É uma aldeia ligeiramente maior em relação a Gloppen. O Stryn é uma equipa que conheço, dado que estava no nosso campeonato, mas conseguiu a subida.
Para esta época, o objetivo passa novamente pela subida de divisão.
No Stryn vai ter a companhia da Ana Correia. É uma situação que lhe agrada por certo?
Sim. Sem dúvida. Ter uma colega portuguesa é muito bom. A Ana Correia é uma boa jogadora e, por certo, vai corresponder às expetativas.
A Selecção Nacional é um objetivo?
Para já não. Pretendo que esta seja a minha época de afirmação. Quero chegar à Liga Profissional da Noruega ou jogar numa das principais ligas europeias.
Considera que em Portugal foi uma jogadora a quem nunca deram o devido valor?
Não vou tão longe, contudo nunca tive a oportunidade de jogar numa das principais equipas. Pelos clubes onde passei, sempre me respeitaram e isso é que é importante valorizar.
Considera que mais atletas portuguesas poderiam jogar na Noruega?
Sim. Poderiam jogar perfeitamente na terceira e na segunda divisão. Algumas até na Liga Profissional, não tenho dúvidas disso.
O talento existe, mas a jogadora portuguesa vive ainda num mundo muito pequeno. Em Portugal, o campeonato tem duas divisões, enquanto na Noruega existem cerca de sete.
Recomenda às andebolistas portuguesas que vivam uma experiência no estrangeiro?
Totalmente. Todos sabemos como o nosso país está. Há muita jogadora com tanto talento nas selecções jovens e o andebol feminino está a crescer. Penso que a médio prazo a selecção vai colher esses frutos.
Há mercado na Europa para a jogadora portuguesa tem que se convencer disso. Não tenham medo de arriscar.
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