APRENDE-SE a sonhar quando se é criança. Sílvio, depois de muito negociar com a mãe, na história anterior, viu-se no papel de domador de caracóis. Um menino como ele ousa mais, sempre mais, muito mais. Agora deseja, quando for grande, ser um guarda, um guardador, uma autoridade. Ao longo do livro, ele vai pensando nas várias possibilidades que lhe agradam, mas a mãe tem as suas dúvidas, os seus medos, os seus receios em relação a tais escolhas.
“Pensando melhor… Mãe, o teu filho será um guardador de ventos.
E se surge uma tempestade? Não posso perder-te, querido menino!
– diz a mãe”
É difícil convencer uma mãe protetora. Sílvio sabe isso, todavia não abdica do sonho, de apresentar novas ideias. “Obrigado mãe, por me acarinhares com tantos medos. Sendo assim…”
Sendo assim, continua a procura. E quem procura sempre sonha.
Sílvio, Guardador de Ventos, de Francisco Duarte Mangas e Madalena Moniz, ed. Caminho