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Tiago Silva-Costa, 37 anos

Tiago Silva-Costa, 37 anos

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“ONDE há uma empresa de sucesso, alguém tomou alguma vez uma decisão corajosa.”  A frase é de Peter Drucker, mas facilmente se aplica a Tiago Silva-Costa, CEO da VirtualCare (VC) e investigador do Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde (CINTESIS).

A VC é uma das spin-offs mais promissoras geradas no seio da Universidade do Porto, dedicando-se ao desenvolvimento de soluções informáticas aplicadas aos Sistemas de Saúde. A chegada à administração desta empresa veio na sequência de mais de quatro anos passados a gerir e a desenvolver os projetos da VC, sendo que cinco deles resultaram em produtos informáticos que já estão em funcionamento em vários hospitais portugueses – o VCIntegrator, o VCObsCare, VCBreastCare, o VCAnesthCare e o VCPsychCare.

De facto, depois de 14 anos a trabalhar no Departamento de Ciências da Informação e da Decisão em Saúde da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP) na área da Estatística e da Informática Médica, o salto para o mundo empresarial foi um ato de coragem. Mas a ligação ao mundo académico mantém-se através de uma estreita colaboração com o CINTESIS. Aliás, o empresário destaca que a ligação ao CINTESIS e à Universidade do Porto constituem duas importantes mais-valias para a VC, pelo apoio que a equipa de gestão do primeiro oferece e pela marca de qualidade e credibilidade que a segunda confere.

Define-se, portanto, como “um produto e um produtor com selo 100% U.Porto”. Nós acrescentamos que é um exemplo de como a U.Porto pode formar os melhores profissionais, criar produtos inovadores e lançar empresas e empresários de sucesso.Licenciado em Ciências de Computadores pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), Tiago Silva-Costa fez uma pós-graduação em Informática na mesma unidade orgânica, tendo posteriormente concluído o Mestrado em Informática Médica na FMUP. As funções de gestão que gradualmente assumiu, levaram-no ainda a procurar aprofundar conhecimentos na Escola de Gestão do Porto (EGP).

– Naturalidade?

Foz do Douro, Porto

– Idade?

37 anos

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Gosto da excelência do seu corpo docente, da sua qualidade de ensino e da forte aposta na investigação.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Continua a ser muito burocrática, com falta de partilha de conhecimento entre as várias faculdades. Julgo que a descentralização dos vários polos que a compõem contribui, em parte, para essa situação.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto? 

Em linha com a resposta  anterior, julgo que a centralização de todas as unidades orgânicas num único polo universitário com todas as faculdades que constituem a UP seria uma mais valia para a Universidade.

– Como prefere passar os tempos livres?

Nos tempos livres adoro viajar, principalmente de carro com a família. Gosto de praticar desporto, nomeadamente patins em linha, ténis e ski. Nos dias frios de inverno, prefiro assistir a um bom filme ou a uma boa série em casa no sofá.

– Um livro preferido?

Confesso que não sou um entusiasta da leitura, mas gostei bastante do “O Codex 632” de José Rodrigues dos Santos.

– Um músico / disco preferido?

Não tenho um em particular, gosto de todo o tipo de música.

– Um prato preferido?

Sendo um portuense de gema é claro que não podia deixar de referir a tradicional francesinha e as tripas à moda do porto. Mais recentemente, e num campo totalmente oposto aos dois primeiros, destaco o sushi.

– Um filme preferido?

Gosto muito de cinema, pelo que escolher só um filme é muito difícil… mas deixo como dica o “Seven Pounds”, com Will Smith, ou o “Drive”, com Ryan Gosling. No campo das séries, sem dúvida, “Game of Thrones”.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)? 

Das viagem já realizada, Nova Iorque sem dúvida. Tenho muitas viagens de sonho por realizar, mas se calhar destacava a mítica “Route 66” (entre Chicago e Los Angeles) e o Brasil.

– Um objetivo de vida?

Continuar a aprender com cada dia passado, com cada experiência vivida, com cada amigo e fazer com que cada barreira da vida seja uma fonte de conhecimento e de aprendizagem.

– Uma inspiração?

Steve Jobs, pela sua visão do futuro e principalmente por acreditar piamente nas suas ideias.

– Uma ideia para promover a qualidade da investigação na área da saúde na U.Porto?

Aplicabilidade prática. Cada vez mais me convenço de que a investigação médica terá cada vez mais frutos se tiver aplicabilidade prática no dia a dia dos profissionais de saúde. Transportando esta ideia para a minha área – a Informática Médica –  as aplicações de registos clínicos devem, para além de guardar os dados, ajudar os profissionais de saúde na sua prática diária, possibilitando a análise das informações recolhidas e a geração de novos conhecimentos que permitirão melhorar a prática da Medicina.

Por Olga Magalhães publicado in http://noticias.up.pt/

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