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Tito Vieira, 44 anos

Tito Vieira, 44 anos

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COM um percurso académico e profissional umbilicalmente ligado à Universidade do Porto, Tito Vieira acaba de abraçar, aos 44 anos, um dos maiores desafios na sua carreira. Nos próximos cinco anos, caber-lhe-á assumir o cargo de diretor do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), entidade responsável pela gestão de toda a rede informática do Governo.

Natural de Ponte de Lima, Tito Vieira licenciou-se em Engenharia de Sistemas de Informação no Instituto Superior de Engenharia do Porto em 1998. Três anos depois concluiu o Mestrado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores na  Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP), instituição onde viria a realizar o curso de doutoramento em Engenharia Informática (parte letiva do programa doutoral) em 2009.

Em paralelo com o percurso académico, manteve sempre uma atividade profissional fortemente ligada à U.Porto. Membro do Centro de Informática (CICA) da FEUP desde 1996, dirigiu aquele organismo entre 2003 e 2013. Pelo meio, foi professor auxiliar convidado no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e no Departamento de Engenharia Informática da FEUP, liderou a área de desenvolvimento do sistema de informação – SIGARRA – da U.Porto (entre 2011 e 2013) e dirigiu o Serviço de tecnologias de informação e comunicação dos Serviços Partilhados da U.Porto (SPUP). Desde abril de 2015 que desempenhava funções como Diretor da Universidade do Porto Digital.

Foi de resto o “relevante currículo profissional” que esteve na base da escolha de Tito Vieira como novo diretor do CEGER, cargo que assumiu no início de março. Anunciada a 15 de fevereiro, a nomeação teve ainda por base os seus “atributos e competências, nomeadamente nos domínios organizacional, de gestão, de conceção de infraestruturas de tecnologias de informação e comunicação e de gestão de projetos de inovação tecnológica”.

– Naturalidade?
Ponte de Lima.

– Idade?
44 anos.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?
Da dinâmica, da diversidade cultural, do conhecimento que produz, da iniciativa que inspira, das pessoas de excelência que a integram e da projeção que tem no país e no mundo. Refira-se, a este propósito que, na área das tecnologias de informação e comunicação, e de acordo com o ranking  Webometrics de janeiro de 2017, a U.Porto mantém a liderança destacada a nível nacional, sendo a universidade Portuguesa que ocupa a melhor posição quer no ranking europeu, quer no ranking mundial.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?
Genericamente, preocupa-me tudo o que seja indutor de ineficiência e inércia e, embora com tendência para diminuir, não aprecio “a burocracia do formulário”. Num outro quadrante, preocupam-me os constrangimentos orçamentais e o congelamento das progressões nas carreiras do pessoal técnico da Universidade, aspetos que têm contribuindo para que, especialmente no domínio das tecnologias de informação e comunicação, haja um excessivo número de trabalhadores muito qualificados que têm optado por prosseguir as suas carreiras profissionais fora da U.Porto.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Aproveitar as oportunidades disponíveis através dos fundos de financiamento e lançar projetos inovadores que potenciem a dinâmica de transformação digital que está em curso na Universidade.

– Como prefere passar os tempos livres?
Com a família e amigos, preferencialmente em Ponte de Lima e Viana do Castelo. Também gosto imenso de ler jornais e de fazer uma “corridinha” ao final da tarde.

– Um livro preferido?
Sou grande apreciador de biografias, particularmente de personalidades que deixaram a sua marca na história, em vários domínios.

– Um disco/músico preferido?
Dos muitos que aprecio destaco David Bowie, Coldplay, U2, REM, Pixies, Keane, Moby e Frank Sinatra.

– Um prato preferido?
Além do arroz de sarrabulho típico dos Limianos, o outro prato irresistível é o bacalhau com broa, mas em geral sou um bom garfo.

– Um filme preferido?
“A Beautiful Mind”, pelos incríveis ensinamentos que nos apresenta sobre a importância do ser humano ter uma vida equilibrada.

– Uma viagem de sonho?
Uma que me permita conhecer bem os EUA, ainda por realizar.

– Um objetivo de vida?
Ser feliz e contribuir para a felicidade dos que me rodeiam.
Conseguir incutir nos meus filhos os valores que os meus pais me transmitiram.

– Uma inspiração?
Felizmente são várias as pessoas que me têm servido de inspiração. Em primeiro lugar os meus pais, que me ensinaram desde bem cedo a importância de olhar para o futuro com otimismo, a valorizar o que temos mas nunca desistir de sonhar, a trabalhar intensamente e a acreditar que as dificuldades nos fazem crescer e a caminhar sempre guiados pelos valores e princípios da ética, da honestidade e do caráter. Depois, muitas outras pessoas serviram-se e servem de referência e, optando por não mencionar os seus nomes, destacaria (1) alguns professores extraordinários, com quem aprendi a importância de valorizar o conhecimento e a estar sempre preparado para continuar a aprender, a ser curioso, rigoroso, e a atender à relevância da forma como transmitimos o conhecimento e/ou a mensagem, e (2) excelentes superiores hierárquicos, que pelo seu exemplo me inspiraram a valorizar aspetos fundamentais como o pensamento estratégico, a executar a atividade quotidiana tendo como meta a perfeição, acreditando que conseguiremos sempre ir mais além.

– O projeto da sua vida…
Em termos pessoais, a minha família. Os meus filhos. Em termos profissionais, o projeto atual é sempre o projeto da vida. Não obstante, há vários projetos que manterei sempre no lote das boas recordações, designadamente o projeto UPdigital, o projeto CICA e o projeto SIGARRA.

Por Tiago Reis publicado in http://noticias.up.pt/

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