DESPEDIR a noite, escrever a ficção do dia que começa assim – o café -.
O cão vai à janela, avisa do tempo, vai chover? Talvez. Mas ainda antes enfrentar-se-á o autor ao espelho, haverá água na torneira, poderia ser assim o começo de um dia.
Temos as portas como ritmos afastando a ambiguidade do lugar, afirmando os espaços, saídas e entradas em micro cosmos, e para o mundo.
Neste caos em movimento do dia, na rua, construímos, entre afectos e sensações, memórias na interpretação das paisagens – novas, velhas, paramos, aceleramos,- num mesmo metro fazemos caminhos diferentes-.
Nem sempre é nítido o que vemos, as certezas desmultiplicam-se ou será que se sobrepõem, como o desejo e o desinteresse? Caminhamos ausentes e todos fazemos o mesmo percurso que nunca é igual.
Foi mais um dia transportando a nossa narrativa.

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