A minha filha de treze anos
é mais alta do que eu.
A doença parece tê-la esticado um pouco.
Ela, que esteve deitada de costas
durante quatro dias e quatro noites,
febril, com os membros pesados, sem vontade de comer,
levantou-se esta manhã
calçou as sapatilhas, vestiu o meu longo roupão vermelho,
e saiu para o jardim.
“Não te preocupes”, diz ela,
enquanto entra de repente no quarto
onde estou deitada. “Vesti-me quentinha.”
Assustada. Satisfeita.
Olho de relance para a gazela de robe vermelho
a caminho da recuperação.
in Heaven on hearth: 101 Happy Poems edited by Wendy Cope, 2001, Faber and Faber Limited, página 98, tradução PML