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À procura de Rui Santiago

À procura de Rui Santiago

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DE UM dia para o outro deixamos de ver Rui Santiago. Quisemos então saber onde estava, o que fazia e com quem andava (será que andava com más companhias?). Mandamos um email e de lá do meio do mundo (11°52′N 15°36′W) vieram as respostas curtas e diretas, mas suficientes para nos esclarecer. Ficamos mais descansados. Já agora, sabem qual é a coisa qual é ela que os olhos dizem ao cérebro que é carne e a língua diz-lhe que é peixe? Se não sabem leiam as respostas dadas por Rui Santiago. Bom proveito!

Por Paulo Moreira Lopes e ilustração de Tiago Baptista Coelho

Onde se encontra neste momento?

Em Bissau, capital da Guiné-Bissau.

O que está a fazer nesse local?

Estou a dar aulas de Teologia e a trabalhar na formação de líderes de comunidades para a Evangelização na ainda jovem Igreja da Guiné.

Como chegou aí espiritualmente?

Como se chega a Casa! Com uma enorme paz e alegria por voltar a trabalhar aqui, com gente com quem me sinto em Família e numa Cultura onde a minha maneira de entender a Vida e a Esperança encaixam como “peixe na água”.

Como descreve esse lugar e as pessoas que aí vivem?

Um lugar muito bonito, uma terra extremamente generosa e fecunda. As pessoas são de uma maravilhosa hospitalidade, muito atentas, cheias de pormenores, sinceros na festa e na dor, e com uma paciência muito especial.

Qual a reação da população local à sua iniciativa?

Alegria de receberem o irmão que tinha estado nove meses longe!

Em que medida o meio ambiente (clima/relevo/riquezas naturais) contribui para a maneira de ser desse povo?

Como todos os ambientes, molda profundamente a maneira de ser e estar.  Um país todo plano, cheio de água e muito quente. O tom geral da vida é de uma enorme tranquilidade, uma paz cheia de graciosidade, como a água que corre serena e mansa. A alegria tem tempo para se manifestar, o sofrimento tem tempo para se sentar. A corporeidade tem um lugar muito importante e a contemplação é tão natural como os dias.

Conte-nos um pouco do seu dia-a-dia.

Durante a semana, normalmente, aulas de manhã. Depois, a meio da tarde, mais uma aula. Ao fim da tarde e noite, trabalho de formação em alguma das comunidades cristãs de Bissau.

Tem alguma história ou acontecimento especial vivido nos últimos tempos que possa partilhar connosco?

Uma refeição deliciosa com uma carne que, ao ser saboreada, parecia peixe. “Mas o que é isto?! Os olhos dizem ao cérebro que é carne e a língua diz-lhe que é peixe!!!” Estava a comer crocodilo, uma carne com sabor a peixe.

Quando regressa?

Daqui a uma semanita já. Até voltar cá em Novembro… “ Paransa Deus”!!! Como se diz em crioulo. Abraço a todos.

Boa viagem!

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