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António Aroso em Lima

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DESAFIARAM-ME para escrever algumas palavras sobre a minha experiência fora de Portugal. Pois bem: sou um jovem de 28 anos, gestor de empresas de formação, nascido e criado na Maia, com experiência profissional em Portugal, África (São Tomé e Príncipe) e agora na América do Sul (Perú).

Saí de Portugal rumo a São Tomé pela vontade de ter uma nova experiência e pelo fascínio por África provocado pela forma como o meu pai sempre me falou dessa geografia, apesar de me encontrar numa situação laboral relativamente confortável. Saí agora rumo ao Perú pelo interesse na América do Sul e sua cultura, assim como pela motivação de trabalha num mercado em que Lima (capital e cidade onde resido) tem mais população do que o nosso país inteiro.

O primeiro impacto foi marcado pela grande dimensão da cidade, que parece não terminar e onde as diferenças para Portugal e restante Europa são várias. Desde o trânsito que aqui é caótico, aos preços inacreditavelmente acessíveis da alimentação, à preocupação com a segurança, ou até à evidente abundância de recursos naturais.

Uma coisa vos posso dizer: Seja na América Latina ou em África, a Europa é vista como ”terra dos sonhos” onde tudo é perfeito… Certamente não o é! Mais não seja pelos níveis de desemprego e falta de crescimento económico, ou pelo clima, não concordarão com esta perspetiva africana e sul-americana. No entanto, temos de aceitar que não devem existir por este mundo, muitos destinos seguros, com tão bons acessos e infraestruturas, com conteúdos educativos reconhecidos internacionalmente e altos índices de qualidade na produção, à semelhança da nossa cidade da Maia e geografia onde está inserida!

Neste momento encontro-me extremamente feliz e motivado para esta nova experiencia da América do Sul, no entanto, de olhos postos no nosso país que para mim é e sempre será a minha base para o mundo e onde espero estar muito em breve. Permitam-me um conselho: não se acomodem, arrisquem na medida do possível! Conheçam sítios diferentes que nos permitam valorizar a nossa origem e mais tarde acrescentar valor às nossas empresas e comunidades através dos conhecimentos que connosco viajam…

Um abraço!

Por António Aroso publicado no Notícias da Maia

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