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Arcos românicos por Tomas Tranströmer

Arcos românicos por Tomas Tranströmer

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Os turistas aglomeravam-se na penumbra
da enorme igreja românica
Abóbada após abóbada e nenhuma perspectiva
Algumas chamas de velas tremeluziam

Um anjo cujo rosto eu não consegui ver abraçou-me
e o seu sussurro pentrou o meu corpo:
Não te envergonhes de seres humano – fica orgulhoso
Dentro de ti abóbada após abóbada se abrem interminavelmente

As lágrimas cegaram-me
enquanto éramos conduzidos para a praça ferozmente iluminada,
acompanhados por Mr e Mrs Jones, Herr Tanaak e a Sighora Sabatini –
Dentro de cada um deles abóbada após abóbada abriam-se interminavelmente

in As sombras brancas, setenta e sete poemas sobre anjos caídos de outras línguas, Língua Morta, novembro 2016, página 63, tradução de Jorge Sousa Braga

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