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Falcão empoleirado por Ted Hughes

Falcão empoleirado por Ted Hughes

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Ponho-me no topo da árvore, os olhos fechados.
Parado, sem falsear o sonho
entre a cabeça de gancho e os pés de gancho:
ou no sono ensaiar mortes perfeitas e comida.

A comodidade das árvores altas!
A flutuação do ar e os raios do sol
são vantajosos para mim;
e a face da terra virada para cima para minha inspeção.

As patas estão agarradas à casca áspera.
Levou toda a Criação
para produzir a minha pata, cada uma das minhas penas:
agora tenho a Criação na minha pata

ou no voar, e no girar tudo lentamente –
mato onde me apetece porque é tudo meu.
Não há sofismas no meu corpo:
os meus modos é arrancar cabeças –

a repartição da morte.
Pois o único caminho do meu voo é direto
através dos ossos dos vivos.
Nenhum argumento afirma o meu direito:

o sol está por detrás de mim.
Nada mudou desde que comecei.
O meu olho não permite mudanças.
Vou manter as coisas como estão.

in On wings of song, poems about birds, seleção de J. D. McClatchy, Everyman’s Library, Pocket Poets, Alfred A, Knopf – New York – Toronto, página 138, tradução PML

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