Está finalmente só no quarto escuro
com rolos de sofrimento dispostos em filas ordenadas.
A única luz é vermelha e brilha suavemente,
como se fosse uma igreja e ele
um padre a preparar-se para celebrar a missa.
Belfast. Beirute. Phnom Penh. Toda a carne é erva.
Ele tem trabalho a fazer. As soluções deslizam nos tabuleiros
sob as mãos, que não tremiam na altura
como parecem tremer agora. Inglaterra rural. De novo em casa
para a dor comum cujo simples tempo pode dissipar,
para campos que não explodem sob os pés
de crianças a correr num calor de pesadelo.
Algo está a acontecer. As feições de um estranho
começam a desenhar-se diante dos olhos,
um fantasma quase formado. Lembra-se dos gritos
da mulher deste homem, como ele procurava aprovação
sem palavras para fazer o que alguém deve fazer
e como o sangue se manchou em poeira estrangeira.
Centenas de agonias a preto e branco
das quais o seu editor escolherá cinco ou seis
para o suplemento de domingo. Os olhos do leitor ficam a arder
com lágrimas entre o banho e as cervejas antes do almoço.
Do avião olha impassível para o sítio onde
ganha a vida e que todos ignoram.
tradução PML