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Moinhos por António Osório

Moinhos por António Osório

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Tudo era branco e acolhia:
o chão, a pedra, a farinha.
Da roda jogavam com o vento
que afoitamente entrava
pela camisa dos homens.

Campos de milho, ovelhas taciturnas,
pastos e ao longe o Sado
viam-se ao postigo
enquanto os grãos de trigo
estremeciam
antes de se perderem.

in A luz fraterna, poesia reunida [A raiz afectuosa], Assírio & Alvim, setembro 2009, página 30

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