ALEXANDRE Mauro Toledo sempre viveu em Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Por morar numa grande cidade (mais de dois milhões de habitantes), o que escreve reflete a sua condição de homem urbano, nascido e residente num país sulamericano e periférico (onde ficará o centro?). Integra o coletivo O Grito, que produz postais poéticos. Em tempos, quando veio a Portugal não esteve no Porto: cidade que deu nome ao país, lembra. Agora, ao participar na I Edição das Histórias em Postais, do Correio do Porto, vai poder estar connosco em vários pontos da cidade e arredores.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
21/02/1964 em Belo Horizonte, Minas Gerais
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Belo Horizonte.
3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?
Sempre vivi em Belo Horizonte.
4 – Formação académica?
Doutor em Comunicação e Semiótica, mestre em Filosofia, ator e diretor de teatro, dramaturgo.
5 – Atividade profissional?
Trabalho com teatro em Belo Horizonte.
6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]
Na medida em que moro em uma grande cidade (mais de dois milhões de habitantes) e o que escrevo reflete minha condição de homem urbano nascido e residente em um país sulamericano, periférico.
7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?
De que o nome original da cidade deu nome ao país.
8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?
Não. Já estive em Portugal, mas não estive no Porto.
Literatura postal
9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?
Não. Entrei no projeto em questão por afinidade com os membros do grupo.
10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?
Não tenho o hábito e confesso que recebi bem poucos postais. Nem me recordo qual foi a última vez.
11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?
Pois é, nossa aposta é exatamente essa.
12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?
Nosso perfil no Facebook.
[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.
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Ouvi um grito lá fora por Alexandre Mauro Toledo para a I Convocatória de Histórias em Postais.