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Porto visto por Carlos Renatto

Porto visto por Carlos Renatto

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CARLOS Renatto já viveu em Belo Horizonte, Ouro Preto, Barbacena e Viña del Mar (Chile). Atualmente reside em Itabirito de onde é, aliás, natural. O seu trabalho, tal como sucedeu com outros autores, está embasado na singeleza, na saudade, no linguajar típico, nas histórias locais e no bucolismo das pequenas cidades do interior mineiro. Para si a cidade do Porto é igual a vinho do Porto. Gosta de postais virtuais (quem sabe seja este o postal contemporâneo) e acredita na existência de uma literatura postal ajustada aos tempos de hoje, como se fosse uma variante dos microcontos.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

15/07/1980 – Itabirito – Minas Gerais – Brasil

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Itabirito – Minas Gerais – Brasil

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil
Ouro Preto – Minas Gerais – Brasil
Barbacena – Minas Gerais – Brasil
Viña del Mar – Chile

4 – Habilitações literárias?

Sou Bacharel em Artes Cênicas e Especialista em Produção e Crítica Cultural, mas me dedico com maior afinco à dramaturgia e ao conto. Acabei de escrever o meu primeiro romance, que se encontra em fase de produção.

5 – Atividade profissional?

Dramaturgo, Diretor Teatral, Ator e Produtor Cultural

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

Vivo em uma região brasileira, Minas Gerais, povoada por grandes escritores como Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado e João Guimarães Rosa. Assim como eles, meu trabalho está embasado na singeleza, na saudade, o linguajar típico, os casos que ouvimos desde muito pequenos e o bucolismo das pequenas cidades do interior mineiro.

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Do vinho.

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Ainda não.

Literatura postal

9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Não tenho mania de postais, apesar de já ter enviado e recebido muitos. Porém, atualmente envio postais virtuais com pequenas legendas criadas por mim, de todos os lugares onde passo. Talvez seja este o postal contemporâneo.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Me sinto muito bem em recebê-los.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Acredito que sim. Em tempos de linguagens ágeis e sucintas, do tempo corrido, das redes sociais com informações tão efêmeras, o microconto vem dialogar com este público habituado à velocidade, mas que não abre mão de um pouco de ficção para acalentar a alma. Tanto acredito nisso, que publiquei na editora Gueto, microcontos dentro do projeto #breves com o nome de “A esperança banal das quartas-feiras“, que pode ser encontrado aqui: https://revistagueto.com/2017/08/15/a-esperanca-banal-das-quartas-feiras-livro-sete/

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

https://www.facebook.com/carlos.renatto
https://www.facebook.com/Carlos-Renatto-155097211255435/ 
instagram@carlos.renatto

[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

Silêncio por Carlos Renatto para a I Convocatória de Histórias em Postais.

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