FRANCISLEY da Silva Dias vive em São Paulo, Brasil, uma das grandes metrópoles do mundo. Diz-se muito urbano e que os seus pensamentos costumam seguir a velocidade daquele lugar paradoxal. É formado em Letras (Português e Espanhol). Na adolescência produzia fanzines e escrevia canções para a banda punk da qual era vocalista. Hoje escreve de tudo um pouco. Mas gosta sobretudo da literatura efêmera e condensada, onde se inclui a literatura postal. Até agora tem atravessado o Atlântico via internet e por postal. Se pensa no Porto lembra-se do vinho e das delícias a ele associadas.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

14 de dezembro de 1978, São José dos Campos, São Paulo, Brasil

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Bairro da Mooca, São Paulo, Brasil

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Em muitos lugares do estado de São Paulo e no Rio de Janeiro

4 – Habilitações literárias?

Graduação em Letras Português/Espanhol, na adolescência escrevia canções para a banda punk da qual era vocalista, além de escrever fanzines para os movimentos libertários dos anos de 1990. Hoje, escrevo de tudo um pouco com visões diversas.

5 – Atividade profissional?

Tutor do Ensino Fundamental na Escola Lumiar (http://lumiar.org.br/); revisor e tradutor de textos (http://www.pulsaodescrita.com/).

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

Quase não conheço minha cidade de nascimento, poucas vezes a visitei. No entanto, já vivi em outras cidades de sua região e sinto que suas influências em mim são suas belezas naturais, sobretudo rios e montanhas. Sinto-me enraizado e fluente naqueles costumes e sotaques. Sou muito urbano, vivo em uma das grandes metrópoles do mundo, por isso acredito que meus pensamentos e determinações costumam seguir a velocidade desse lugar paradoxal.

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Imediatamente penso nos vinhos e as delícias que os acompanham.

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Ainda não atravessei o Atlântico fisicamente. Já o fiz via internet e agora em um postal.

Literatura postal

9  – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Tenho pouca experiência com esta literatura – na verdade, com esta finalidade proposta aqui, é a primeira vez. Mas gosto muito das efemeridades e de condensações presentes em gêneros como os postais, microcontos e poemas.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Gosto muito de enviar para depois poder conversar com quem o recebeu sobre ele. Dividir as experiências geradas e vividas.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Acredito sim, existe uma literatura postal. Quando o postal é enviado de forma espontânea (em seu modo mais comum) é uma espécie de crônica (microcrônica?) e quando é pensada para uma atividade como esta proposta pelo Correio do Porto é uma atividade literária como qualquer outro gênero – microconto, conto etc. – exigente do trabalho com a língua escrita.

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

Estou desenvolvendo um endereço próprio: http://www.francisley.com.br/

Há um blog que contém muitos textos dispostos: http://dispondoumpouco.blogspot.com.br/

E no FaceBook há muitas coisas: https://www.facebook.com/francisley.dasilvadias

[1] NOTA: a pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

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Cartão-postal por Francisley da Silva Dias para a I Convocatória de Histórias em Postais.