GALVANDA Galvão nasceu em Fortaleza e daí partiu para o Recife, Rio de janeiro, São Paulo, S. José Rio Preto-SP, Birigui-SP, até se fixar em Belém, Brasil. É professora, pesquisadora, escritora, fotógrafa e videoartista. Conta que os pés e os traços frequentam muitos territórios. Visto de lá, o Porto parece-lhe uma cidade próxima, a língua abrindo os percursos e o imaginário rio. Encara os postais como haicais e sente prazer em tocá-los, recebê-los, envia-los, no fundo, em colar nos sítios……a marca precisa! Neste tempo tão acelerado, o postal é quase como um relicário, conclui.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
Fortaleza – Ce- Brasil em 16 de setembro de 1969.
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Belém – Pa- Brasil.
3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?
Recife, Rio de janeiro, São Paulo, S. José Rio Preto-SP, Birigui-SP e Belém.
4 – Habilitações literárias?
Licenciatura.
5 – Atividade profissional?
Professora, pesquisadora, escritora, fotógrafa e videoartista. Muitos territórios, os pés e os traços.
6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]
Os lugares são as vozes ou ao avesso? ruídos e silêncios se desdobrando, como palimpsestos.
7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?
Uma cidade próxima, a língua abrindo os percursos e o imaginário rio.
8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?
Ainda não. O Porto para mim um território imaginário, desenhado em linguagens varias, as veredas.
Literatura postal
9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?
Os postais como haicais, o tempo para adentrar o efémero.
10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?
O prazer tactil, receber, enviar, colar nos sítios……a marca precisa!
11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?
Nesse tempo tão acelerado, absorvido numa avalanche de imagens, o postal é quase como um relicário.
12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?
ameninaanolimoc.blogspot.com.br
[1] NOTA: a pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.
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