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Porto visto por Igor Lopes

Porto visto por Igor Lopes

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IGOR Lopes é natural da cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná, Brasil. Tem formação universitária em engenharia de materiais, no momento trabalha como tecelão e fundidor de alumínio artesanal autônomo e escritor freelancer. Acredita que o contato com a natureza e história do lugar pode tê-lo influenciado a observar as coisas simples e bucólicas ao seu redor com um olhar poético. Para si o Porto é sinónimo de vinho do Porto. Não tem a mania dos postais, aliás, foi a primeira vez que enviou um postal aquando da convocatória do Correio do Porto.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

26/02/1987, na cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná, Brasil.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Ponta Grossa, Paraná.

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Nenhum.

4 – Habilitações literárias?

Geralmente escrevo contos, de vez em quando poemas e crônicas.

5 – Atividade profissional?

Indefinida. Formação universitária como Engenheiro de Materiais, no momento trabalhando como tecelão e fundidor de alumínio artesanal autônomo, escritor freelancer, com pretensões de ingressar na prós-graduação para tornar-se pesquisador.

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

Nunca parei para pensar nessa relação, mas a região onde moro tem uma paisagem característica de campos nativos, afloramentos rochosos e matas com a presença de uma árvore característica, o pinheiro araucária, que inclusive é um símbolo e frequentemente é representada em pinturas e gravuras por artistas da região. É uma cidade alta de onde pode-se ver a paisagem ao longe em direção ao horizonte, frequentemente com um belo pôr-do-sol. Historicamente, a cidade é passagem de várias estradas e viajantes desde o período colonial brasileiro, e também recebeu muitos imigrantes, então a cultura do povo da cidade tem muita ligação com esse passado, de pessoas que levavam uma vida mais simples, rústica e ligada ao campo. Apesar de esses elementos não aparecerem com frequência naquilo que escrevo, acredito que esse contato com a natureza e história do lugar pode ter me influenciado a observar as coisas simples e bucólicas ao meu redor com um olhar poético.

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Do vinho do Porto.

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Não, mas quero conhecer.

Literatura postal

9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Na verdade, não. Este foi o primeiro postal que enviei na minha vida, mas gostei muito da experiência e pretendo utilizar mais postais em minhas próximas viagens.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Acredito que gostei mais de comprar, escrever e enviar, mas nunca recebi um postal.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Acredito que se encaixaria mais como um tipo de microconto, ainda não sei se tem elementos suficientes para ser uma literatura à parte, mas para mim é uma novidade, não li muito sobre o assunto ainda, então não sei dizer exatamente.

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

Ainda não tenho, mas assim que tiver enviarei!

[1] NOTA: a pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

 

Taça por Igor Lopes para a I Convocatória de Histórias em Postais.

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