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Porto visto por João Paulo Hergesel

Porto visto por João Paulo Hergesel

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JOÃO Paulo Hergesel vive atualmenmte em Alumínio, depois de ter nascido em Sorocaba, ambas cidades do estado de São Paulo, Brasil. Acredita que a sua poesia, de certa forma, enfatiza os pequenos movimentos que ocorrem no interior. E a prosa, mais descomprometida, reflete uma vida sem stresse, própria daquelas paragens. Portugal transmite-lhe um sentimento de familiaridade, quanto mais não fosse pela língua que falamos. Gosta muito da literatura minimalista. Enviar cartas, em geral, é uma paixão de criança, por isso se considera praticamente “sócio” da agência de correios onde vive.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

Nasci em 25 de julho de 1992, no município de Sorocaba, interior do estado de São Paulo, no Brasil.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Resido no município de Alumínio, também interior do estado de São Paulo, no Brasil.

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Sempre morei em Sorocaba ou Alumínio.

4 – Formação académica?

Sou licenciado em Letras: Português/Inglês, mestre em Comunicação e Cultura e estou no +ultimo ano do doutorado em Comunicação.

5 – Atividade profissional?

Além de escritor e revisor de textos, atuo como pesquisador na área das narrativas midiáticas.

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

Acredito que minha poesia, de certa forma, enfatiza pequenos movimentos que ocorrem na área interiorana. Já a prosa é mais descomprometida, como uma vida sem estresse.

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Nunca estive fora do meu país, mas pensar em Portugal, em geral, é ter um sentimento de familiaridade despertado. Talvez pelo fato de o Brasil ter sido, durante muito tempo, colonizado pelos portugueses.

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Infelizmente, ainda não tive a oportunidade. Quem sabe, em breve?!

Literatura postal

9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Especificamente dos postais, não. Mas gosto muito da literatura minimalista, encontrada em haicais, trova, quadras, limeriques e afins. Acredito que resumir a densidade de um mundo é dialogar com a brevidade da vida – e isso é apaixonante.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Enviar cartas, num geral, é paixão de criança. Mesmo em um mundo engolido pela tecnologia digital, acredito que o contato com o papel, esse material físico, torna as coisas mais intimistas. Fico muito feliz quando recebo postais, sobretudo de lugares em que não tive a oportunidade de estar, mas também sou praticamente “sócio” da agência dos correios de onde vivo, de tantas correspondências que mando diariamente.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Confesso que, até o momento do concurso, não havia cogitado essa hipótese. Mas o certame atingiu objetivos grandiosos, como provocar a reflexão acerca da literatura postal, talvez não somente derivada dos microcontos, mas também em comunhão com esse gênero.

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

É possível me encontrar no www.jogodepalavras.com e https://www.facebook.com/jphergesel

[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

Mundo enfadonho por João Paulo Hergesel para a I Convocatória de Histórias em Postais.

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