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Porto visto por Paulo Vitor F. da Cruz

Porto visto por Paulo Vitor F. da Cruz

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PAULO Vitor F. da Cruz é natural de Ubá, Minas Gerais, Brasil, onde ainda reside. Conhecida como a “Cidade Carinho”, admite que aquele lugar é por demais inspirador. Com ascendência portuguesa (da parte do pai) relaciona o nosso país aos seus familiares. Imagina um dia poder visitar o Porto e admirar esta arquitetura tão encantadora. Tem a mania de enviar postais a amigos virtuais brasileiros e não só. Mas o que mais gosta é de saber que o seu postal foi recebido. Parece haver nele uma necessidade doida de dizer algo, de achar alguém para conversar. Estamos em crer que não é o único.

Por Paulo Moreira Lopes

1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?

Data de nascimento: 17/10/1987
Naturalidade: Ubá, Minas Gerais, Brasil.

2 – Atual residência (freguesia e concelho)?

Ubá, Minas Gerais, Brasil.

3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?

Linhares, Espírito Santo, Brasil.

4 – Habilitações literárias?

Bacharel em Design de Produto, pela UEMG (Universidade do Estado de Minas Gerais), em 2010.

5 – Atividade profissional?

Designer de Produto e servidor público.

6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida artística?[1]

O fato de Ubá ser conhecida como a “Cidade Carinho” (reza lenda que foi batizada assim após uma visita de Dom Pedro II em que foi muito bem recebido e blá blá blá) é por demais inspirador, não é mesmo? De repente eu só me deixei levar…

7 – Quando pensa na cidade do Porto lembra-se imediatamente de quê?

Lembro de meus bisavós por parte de pai que vieram para o Brasil para casar, por serem primos e proibidos pela lei da época (não tenho conhecimento se ainda é uma lei válida em Portugal).

8 – Já visitou o Porto? Em caso afirmativo, por que motivo e qual a ideia com que ficou da cidade e da região?

Ainda não, mas imagino como deve ser bonito caminhar diante de uma cidade com uma arquitetura tão encantadora.

Literatura postal

9 – Tem a mania dos postais? Em caso afirmativo como explica essa apetência por uma literatura tão sucinta e tão efémera?

Mania é a melhor definição. Costumo enviar postais para amigos virtuais brasileiros que moram em outros estados do país com trechos de histórias que inventamos em parceria. Cada um escreve um trecho e o outro continua. No final vamos nos encontrar e fazer a leitura da história.

10 – Sente mais prazer em comprar, escrever e enviar o postal, em saber que foi recebido por outro ou em receber postais de outros?

Escrever e enviar empatam. Comprar devia ser repensado, porque existem coisas que não tem preço. Receber e saber que foi recebido é sempre uma alegria, mas eu gosto mesmo é de ser recebido (gente, fiquei muito feliz quando recebi o e-mail de vocês confirmando o recebimento…). Parece haver em mim uma necessidade doida de dizer algo, de achar alguém para conversar.

11 – Tendo em conta a popularidade da correspondência postal, será que podemos falar de uma literatura postal, quem sabe como uma derivação dos contos ou microcontos?

Podemos sim. Embora a correspondência postal no Brasil não seja “popular”, a dita literatura postal ainda resiste ao peso dos dias comuns com leveza, como um barco de papel que flutua no oceano e rompe as fronteiras do improvável (um exemplo disso é meu postal que atravessou o mar…).

12 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?

Tenho: http://frutospodresdeumaimaginacaofebril.blogspot.com.br/

[1] A pergunta pressupõe a defesa da teoria do Possibilismo (Geografia Regional ou Determinismo mitigado) de Vidal de La Blache, depois seguida em Portugal por Orlando Ribeiro, de que o meio (paisagem, rios, montanhas, planície, cidade e, acrescentamos nós, linguagem, sotaque, festividades, religião, história) influenciam as opções profissionais e artísticas dos naturais desse lugar.

Lembrança viva por Paulo Vitor F. da Cruz para a I Convocatória de Histórias em Postais.

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