PEDRO Figueiredo Neto é natural de Tomar. Licenciou-se em arquitetura no Porto (ainda não esqueceu o nevoeiro matinal), admitindo que a riqueza do património arquitectónico e histórico da cidade natal poderá ter influenciado a opção pelo curso. Além destas duas cidades, já viveu de modo permanente em Milão, Buenos Aires e Barcelona. Hoje é investigador na área da antropologia na Universidade de Lisboa, onde vive e vem estudando o fenómeno do deslocamento forçado no continente africano, um interesse que terá nascido há mais de uma década após viagem ao Senegal e ao Mali.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
8/10/1984, Tomar.
2 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Arroios, Lisboa.
3 – Em que outros locais viveu de modo permanente?
Tomar, Porto, Milão, Buenos Aires, Barcelona, e Lisboa.
4 – Habilitações literárias?
Licenciatura em Arquitectura (FAUP), Doutoramento em Antropologia (EHESS, Paris, ISCTE-IUL, Lisboa).
5 – Atividade profissional?
Investigador (ICS-U. Lisboa).
6 – Em que medida o local onde nasceu e viveu ou vive, influenciou ou influencia a sua vida profissional?
Nascer e crescer em Tomar sem dúvida que terá determinado uma série de disposições e interesses. Habitar uma pequena cidade com um extenso património arquitectónico e histórico, inserida num contexto natural apelativo com as suas colinas e rio, sendo também um sítio relativamente seguro sobre vários aspectos e que, portanto, dava muita liberdade, terá tido o seu impacto na formação da personalidade e mesmo a escolha inicial pelo curso de Arquitectura.
Mas a somar a Tomar, o que mais terá influenciado o meu percurso de vida profissional — e não só – foi sem dúvida uma viagem ao Senegal e ao Mali com o meu irmão, mais novo, quando eu estava no terceiro ano da FAUP. Foi nessa viagem que cresceu o interesse por esse enorme e variado continente que continua a ser alvo da minha investigação e destino de viagem sempre que possível.
7 – Quando pensa na cidade e na região do Porto lembra-se imediatamente de quê?
Do nevoeiro matinal, dos tempos da faculdade de arquitectura e das despreocupações dessa altura.
8 – Como vê a cidade e a região do Porto nos dias de hoje?
Pergunta difícil. Vou poucas vezes ao Porto, e nessas poucas vezes acabo por estar mais tempo com amigos do que a experienciar a cidade.
9 – Endereço na web/blogosfera para o podermos seguir?
Não tenho.