MARIA Mendes, cantora de jazz que já viu o seu talento reconhecido pelo famoso Quincy Jones, irá apresentar o seu álbum “Along the Road” no próximo dia 29 de Setembro no Teatro Rivoli (concertos 19h e 22h). Natural do Porto, viveu em V. N. de Gaia até partir para Roterdão. Dos Países Baixos, relembra os diversos lugares e a vida cultural que por aqui a influenciaram desde tenra idade. Vê Gaia como uma cidade cosmopolita.
Por Paulo Moreira Lopes
1 – Data de nascimento e naturalidade (freguesia e concelho)?
28/6/1985, S.to Ildefonso, Porto.
2 – Até quando e onde viveu, de modo permanente, no Distrito do Porto?
Até 2007 na freguesia de Mafamude, Gaia.
3 – Atual residência (freguesia e concelho)?
Rotterdão, Zuid Holland, HOLANDA
4 – Escolas/Universidade que frequentou no distrito do Porto?
Escola Preparatória de Canelas, Escola Secundária Almeida Garret e Escola Superior de Música e das Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE IPP). Ensino Complementar de Música: Academia de Música de Vilar do Paraíso, Conservatório Regional de Gaia e Escola de Música da Foz.
5 – Formação académica?
Bacharelato em “Jazz Performance” na ESMAE IPP. Mestrado em “Jazz/Brazillian Voice studies” na CODARTS – Rotterdam Hogeschool voor de Kunsten.
6 – Atividade profissional?
Cantora profissional. Professora de canto.
7 – Em que medida o local onde nasceu e viveu no distrito do Porto influenciou a sua vida (profissional ou artística, conforme for o caso)?
Influenciou muito e positivamente. O Distrito do Porto oferece muitos e diferentes locais/Cidades e freguesias. Foi em Gaia que iniciei os meus estudos musicais. Desenvolvi muito as minhas capacidades artísticas e sensibilidade musical através de muitas idas a concertos de música clássica em locais tão distintos e díspares como o Coliseu do Porto, Claustros do Mosteiro de S. Bento da Vitório e Palácio da Bolsa. Muitas idas aos museus Nacional Soares dos Reis, Serralves (quando ainda não existia o edifício do Siza Vieira). Tudo o que o Porto, enquanto distrito, oferecia, a minha família teve a sensibilidade de partilhar comigo desde tenra idade. Mais tarde, com o bacharelato em Jazz na ESMAE, tive oportunidade de junto com colegas de outras cidades de Portugal, bem como de Espanha, estudar na única Universidade do país que oferecia a licenciatura em Jazz. Aliado à ESMAE esteva sempre um circuito de clubes e locais “amigos do Jazz” que me permitiram dar os primeiros passos em palco e desenvolver um dos muitos aspectos da arte de se fazer música – a performance em palco. Julgo que o desenvolvimento e aposta para o projecto Capital Europeia da Cultura em 2001, possibilitou mais infra-estruturas culturais no Porto. Um dos resultados é a maravilhosa Casa da Música onde já actuei duas vezes. Passei por muitos outros locais simbólicos e com sinergia cultural próprios do distrito do Porto: Casa do Livro, Maus Hábitos, Palácio da Bolsa, entre clubes de música como o HotFive e salas de concerto como Teatro Rivoli, Auditório de Gaia, Auditório da Maia.
8 – Como vê V. N. de Gaia nos dias de hoje?
V. N. Gaia transformou-se numa cidade muito cosmopolita. Cresceu e desenvolveu bons espaços que reaproveitaram beleza natural de certas zonas, atribuindo-lhes um conceito mais de lazer e de integração social. O metro melhorou muito a dinâmica jovem e fresca da cidade. Gostaria de ver uma Gaia mais direccionada para as artes. Uma reconstrução do auditório de Gaia (ou recolocação ou mesmo uma criação de uma “centro das artes de Gaia”), para melhoria de acessos, estacionamento, mas prioritariamente melhoria de condições técnicas que possam albergar mais e diferentes espectáculos.
9 – Endereço na web/blogosfera para a podermos seguir?
www.maria-mendes.com
www.facebook.com/MariaMendesJazz
www.twitter.com/MariaMendesJazz
