João e Amélia não se conheciam. Cada um vivia
com outro companheiro, algures. Eram felizes.
Eram! Mas um dia os nós desataram-se e tudo
mas mesmo tudo, acabou. Sem explicação. O
amor, terminou, como tudo termina, incluindo
as coisas boas. Nem os males sempre duram.
Cada um encontrou outro parceiro, enleados.
fios secretos e invisíveis, os puxaram, em
teia, em caracol. Como um destino. Porque
existe sempre uma finalidade, uma promessa
uma corda de seda e nuvens a ligar dois seres
(crença japonesa) O amor é material.
Carlos Arinto vive em Lisboa, Portugal.