A rotunda parecia-lhe pequena demais. Talvez
fossem as luzes: talvez fosse a noite ou
talvez as papoilas azuis… Azuis?! Onde?! Azuis, cor da
noite. [sempre ouvira dizer que a noite era negra, como a
peste]. Que era apenas a antítese do dia.
Contornou-a em segundos. De dia sonhava, de noite
sorria.
E escreveu um postal, às escuras, dentro do carro,
apenas iluminado pelas luzes que a noite trazia;
até ser dia.
Por Ana Paula Barbosa, que vive em Lisboa, Portugal.