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Pobre

Pobre

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Nascera pobre. A infância de
privações sem limites despertara o
desejo da guinada. Nem o corpo
flagelado minou a esperança.
Labutou por décadas na lida
inglória dos desafortunados.
Pelejou, envelheceu pobre. Restou-
lhe a ilusão dos jogos de azar.
Devaneio… De resto, a bagaceira.
Morreu miserável.

Por Regina Ruth Rincon Caires, que vive em Campinas, São Paulo, Brasil.

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