Publicado por Associação dos Jornalistas e Homens de Letras do Porto
«Admiro a arte de semear os remotos sentidos das palavras. A terra, o gado a ruminar eternamente a nossa infância, o ócio morno e sonolento de domingo, de súbito, arrogam a grandeza da “pobreza que somos”. É essa vertente, sem macular a qualidade nas outras, do singular trabalho poético de Aurelino Costa que deveras me encanta. Um dia, ele sabe, será árvore – e do ramo mais alto ouvirá o rumor marinho. A poesia pode ser isso, uma árvore na fímbria do paraíso.»
Por Francisco Duarte Mangas