Voo
Voo sem parar,
Mas se o vento se zanga e pára,
abrando…, abrando…,
desço…, desço…
e caio
c
00a
0000i
000000o
0000000000d
0000000000000e
000000000000000v
00000000000000000a
0000000000000000000g
000000000000000000000a
00000000000000000000000r
Por Teresa Guedes publicado in Tu escolhes, Editorial Caminho, 2007, página 31.
HÁ o papel-moeda, o papel-bíblia, o papel-couché, o papel-higiénico, o papel mata-borrão, o papel reciclado e outros papéis que nos dispensamos de enumerar. Todos eles assim designados de acordo com a sua função ou características. Contudo nunca se deu a palavra ao papel para dizer de sua justiça o que pensa daquelas atribuições ou qualidades ou até saber do seu estado de alma. Para sermos sinceros, o papel do papel foi sempre muito passivo, absolutamente omissivo. Chegou por isso o dia de darmos voz ao papel. Tendo em conta a idade do papel, teremos muito a aprender com a sua experiência. E que dizer dos seus sonhos? Não podemos deixar que aqueles fiquem no papel. É urgente concretizá-los. Que fale o papel!
Se sabe ou desconfia o que o PAPEL-PENSANTE pensa sobre certos objetos ou sobre certas situações envie-nos esse pensamento para geral.correiodoporto@gmail.com.
Lembramos que o PAPEL-PENSANTE, por regra, pensa curto, é muito objetivo e, de quando em vez, tem graça.