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António da Graça Abreu

António da Graça Abreu

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2.
A paz da natureza.
Sento-me no jardim,
por dentro do silêncio.

1.
Poetas preguiçosos
escrevem haikus,
economizam tempo,
palavras, papel,
até mesmo talento.

António da Graça Abreu (Porto 1947), licenciado em Filologia Germânica e mestre em História da Expansão e dos Descobrimentos Portugueses, foi professor de Português em Pequim e tradutor nas Edições de Pequim em línguas estrangeiras. Viveu na China entre 1977 e 1983. Traduziu para português O Pavilhão do Ocidente (1985), teatro clássico chinês, Poemas de Li Bai (1990), Prémio Nacional de Tradução 1991, Poemas de Bai Juyi (1991), Poemas de Wang Wei (1993) e Poemas de Han-Shan (2009). É autor dos livros de poesia China de Jade (1997), China de Seda (2001), Terra de Musgo e Alegria (2005), China de Lótus (2006), Cálice de Neblinas e Silêncios (2008), A Cor das Cerejeiras (2010) e co-autor de Sínica Lusitana Vol. I e II (2000 e 2003).

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