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José Alberto Mar (1955)

José Alberto Mar (1955)

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ENUNCIADO AONDE

Enquanto o horizonte é a eternidade de uma linha
vem saber o brilho do ouro a crescer
no fim subterrâneo da terra. Vem saber
como é lenta a criação da nossa cegueira
quando o sol também é cúmplice
na ilusão das distâncias.

Vacilo entre as margens de tantas imagens.
Ambígua, é somente a liberdade distraída
onde todos somos átomos da mesma aventura
Violência da idade, por vezes
candura. 

5.
RECOMEÇAR

Simples como atravessar os mapas
do desejo
e chegar ao fim
vazio
não tanto o conhecimento mas sim
a compreensão simples das coisas
nas geografias imprecisas do meu corpo
o corpo no espaço
a alma epidérmica.

4.
Pega-se no nome: Mundo. E em cada letra o som de
uma estrela madura estremece a língua que diz: Mundo 

3.
Enquanto todos os instantes de uma vida desenham
a superfície do rosto e o olhar aprende a ser uma
porta para a eternidade cada dia é uma entrada 

2.
MESTRES DO NADA

Há rostos que tornam as coisas mais simples.
São como pedras vivas
mergulhadas a prumo
no sábio esquecimento
das suas formas
onde a sós
os olhos dizem
o ouro breve
das imagens. 

1.
Enquanto o horizonte é a eternidade de uma linha
vem saber o brilho do ouro a crescer 

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