(…)
Get your motor runnin’
Head out on the highway
Looking for adventure
In whatever comes our way
Yeah, darlin’
Gonna make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
Like a true natures child
We were born
Born to be wild
We can climb so high
I never wanna die
Born to be wild
Born to be wild
Estes são os versos finais de Born to be wild dos Steppenwolf (1968). Easy Rider será o filme de culto, e a moto Harley-Davidson conduzida por Peter Fonda e Dennis Hopper, um verdadeiro mito da cultura americana. On the Road, o livro de Kerouac (1957), tinha dado o mote para a ambiência do road movie como um mundo à parte onde o asfalto, a velocidade, a evasão, a viagem…, são o ponto de fuga para uma contra-cultura estrada fora. O heavy metal, o da mota e o do rock’n’roll, juntam a energia, a vertigem, o ruído, a excitação e as drogas nas cavalgadas do asfalto em demanda de um sentido para odisseias libertárias, rebeldes e vagabundas. Born to be wild transformou-se no hino dos motards de todo o mundo.[1]
A N206 não é a Route 66, a lendária mother road que atravessa os EUA de lés-a-lés. Não interessa, we can climb so high facing the sun…, eucaliptos de um lado, campos de azevém do outro, vacarias, fábricas, casas e tudo e tudo, born to be wild, como diz na tabuleta pendurada e que daqui muito bem se enxergaria não fora este admirável clarão do sol em modo poente e contraluz.
SOBRE O AUTOR: Álvaro Domingues (Melgaço, 1959) é geógrafo e professor na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto, onde também é investigador no CEAU-Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo. É autor de A Rua da Estrada, Vida no Campo e Volta a Portugal. Colabora com o Correio do Porto desde janeiro de 2015.
[1] Cf J.Alberto Olivença DUARTE (2014), Like branches in a river:viagens estrada afora e cidade adentro no cinema americano, Universidade de Lisboa, Lisboa http://repositorio.ul.pt/handle/10451/11644
Também para mim este filme foi uma maravilha, um estimulante para a imaginação e parti para Inglaterra de mota.
A vida deu uma volta passado pouco tempo.
Mas tentei continuar assim na vida e no trabalho que encarei como uma aventura humana, neste caso a medicina
abraço ao Alvaro com quem passei uma viagem a Melgaço inesquecível